São inúmeros os fatores que podem influenciar no crescimento e desenvolvimento de uma planta. Luminosidade, nutrientes, tolerância ao frio e ao calor são algumas das informações que paisagistas, botânicos, produtores, dentre outros têm que ter a mão na hora de utilizar determinada espécie.
Durante milênios as plantas foram domesticadas e introduzidas em habitat não nativos e se adaptaram às adversidades climáticas. No entanto, nem todas as espécies toleram uma amplitude de temperaturas e ambientes extremos. Atualmente disponibilizamos, no banco de dados do AutoLANDSCAPE e PhotoLANDSCAPE, indicações como rusticidade, controle de regas, entre outras, porém estas recomendações podem ser insuficientes quando se trata de viabilidade de desenvolvimento.
Foi pensando em tornar as informações disponibilizadas mais eficientes, além de universalizar os dados, que estamos ajustando a base de dados da AuE Soluções incluindo novas fontes de consulta sobre estes fatores limitantes: dados de clima segundo a Classificação de Köppen; indicação da faixa de amplitude de resistência à temperatura (Hardiness Zone), e para as espécies brasileiras, a determinação dos domínios fitogeográficos de ocorrência (biomas).
Classificação climática de Köppen-Geiger
De acordo com os pressupostos que nortearam Köppen, a vegetação natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão do clima que nela prevalece. Na determinação dos tipos climáticos de Köppen são considerados a sazonalidade e os valores médios anuais e mensais da temperatura do ar e da precipitação.
Na wikipédia existe um bom artigo sobre a Classificação climática de Köppen-Geiger. Mas estudando os mapas climáticos segundo Köppen, no Brasil temos os seguintes climas distintos:
Hardiness Zones / Zona de resistência ou rusticidade
Outra fonte de informações que foi disponibilizada nos programas recentemente é a Hardiness Zone (Zona de resistência ou rusticidade), ou seja, para cada espécie é estabelecido uma área geográfica em que a planta é capaz de crescer e principalmente, inclui a sua capacidade de resistir às temperaturas mínimas. A nova versão do software da AUE Soluções contará com mapas que auxiliarão no reconhecimento da região desejada e suas características. Este tipo de informação já é muito utilizada em sites de paisagismo na Europa e nos EUA.
Na wikipedia, em inglês, há um bom artigo para se aprofundar no assunto de hardiness zones.
Biomas brasileiros
Para as plantas brasileiras contamos com a mais recente publicação: a Flora do Brasil. Esta grandiosa base de dados nos informa a partir de um mapa ilustrativo em quais os domínios fitogeográficos a espécie em questão ocorre. Assim, correlacionando esta informação com os dados climáticos de ocorrência e checando as limitantes de temperatura, sua escolha será mais precisa, além de respeitar os limites de ocorrência natural das espécies vegetais.
Os dados apresentados são complementares, e não devem ser analisados separadamente das condições ambientais específicas que você encontrar na área de implantação do seu projeto.