Este artigo é válido para as versões 2006 e 2009.
Para representação gráfica de plantas o AutoLANDSCAPE usa o esquema de mudas e o esquema de áreas. No esquema de mudas cada planta é representada individualmente e no esquema de área os canteiros são representados como um polígono que pode ser preenchido com hachuras.
Desta forma, para representar um canteiro onde serão inseridas "n" mudas existem duas opções, usando mudas e usando áreas. A vantagem da primeira é a representação mais elaborada enquanto a vantagem da segunda é um desenho mais "leve" que exige menos processamento. Obviamente dependendo do espaçamento adotado e da escala de impressão um conjunto de "mudas" pode gerar um "borrão" preto impresso.
De uma forma geral, para espaçamentos de até 30cm, é recomendável que seja adotada a distribuição ou plantio em áreas, para evitar uma sobrecarga desnecessária em seu desenho.
Uma das características mais importantes do AutoLANDSCAPE é a quantificação do projeto, ou seja, ao final do desenho, bastam poucos cliques do mouse para você obter a listagem com todos os itens (plantas, mobiliários e pisos) utilizados no projeto. Assim, esta matéria pretende mostrar como é feito o cálculo das mudas nos canteiros.
Para a distribuição de mudas dentro de um canteiro, o AutoLANDSCAPE permite que o próprio usuário escolha o método, em quadrados ou em triângulos. A diferença nestas duas formas de distribuição é a densidade e a qualidade do preenchimento dos canteiros.
Na figura acima, é possível notar que o preenchimento em triângulos possui um maior adensamento e, por sua forma de distribuição, irá apresentar na conclusão do plantio uma cobertura mais homogênea, enquanto no preenchimento em quadrados será possível ver o solo até que as plantas se desenvolvam e cubram totalmente o terreno.
Como a opção de um método de plantio por outro varia conforme o escritório de projeto e/ou empresa de paisagismo, o AutoLANDSCAPE (desde a versão 2002) permite que o próprio usuário defina como prefere trabalhar. Como padrão (a definição que "sai de fábrica"), o programa adota o cálculo da quantidade de mudas para áreas e a forma de distribuição para mudas em triângulos (internamente ele chama de distribuição em 60º).
Você tem o controle da forma de distribuição na área de Configuração do Sistema.
Aba ângulos.
É só escolher qual ângulo de distribuição deseja, clicar no botão SALVAR, e depois APLICAR e OK.
Abaixo mostraremos como fica o resultado do uso das duas maneiras:
1) Usaremos o padrão do AutoLANDSCAPE que é 60º graus.
Se a distribuição for em 60º a distribuição fica mais adensada e o preenchimento é mais perfeito, esta é a opção padrão do sistema, neste caso o programa usa a seguinte fórmula para o cálculo da quantidade de mudas: AREA / ESPAÇAMENTO X ESPAÇAMENTO X SENO DE 60º. Ou seja, para um espaçamento de 20cm a densidade será de 28,8 mudas/m2.
Em um arquivo de CAD, faremos quatro áreas de 5m².
Nas duas áreas da parte de cima, usaremos as opções de plantio em Unidades e Área, com Preenche e Boundary, respectivamente.
Usaremos a planta bromélia (AEBL), com os valores "padrão" do sistema: d: 0,9 Ø: 0,9.
Veja primeiro como ficará a representação gráfica, a distribuição dos desenhos no quadrado nas representações em unidades. A representação em área (hachura) não terá diferença graficamente, apenas na hora de quantificar.
2) Usaremos agora a opção do AutoLANDSCAPE de 45º graus.
Se a distribuição for em 45º, o programa usa a seguinte fórmula para o cálculo da quantidade de mudas: AREA / ESPAÇAMENTO X ESPAÇAMENTO. Ou seja, para um espaçamento de 20cm a densidade será de 25 mudas/m2.
Graficamente, nas plantas desenhadas em unidades podemos visualizar que existem quantidades diferentes.
Agora, você verá a quantificação para os plantios feitos em área.
ATENÇÃO: Para plantios feitos em áreas, o sistema irá calcular a quantidade utilizando sempre o ângulo que estiver corrente no momento da quantificação, pois ele não salva o ângulo em que cada canteiro foi desenhado. Desta forma não é preciso se preocupar com o ângulo durante o desenho dos plantios em área, somente na hora de quantificar.
O processo gráfico de distribuição (em mudas) e o cálculo para distribuição em áreas oferecem um resultado ligeiramente diferente um do outro, dentro de uma margem razoável de tolerância. Isto se ocorre pela forma de desenho e pela forma do canteiro.
Para o primeiro exemplo que fizemos com 60ºgraus:
Para o segundo exemplo, com 45ºgraus: